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Primer amor, acuarela

Primer amor, acuarela

Apoyas la mejilla en mi pecho y siento tu olor a leche tibia. Danzamos al son de una Acuarela recién despertados como flores que se desperezan, somos una sola sonrisa que el día esboza tímidamente, en un rincón del planeta, mientras todos duermen. El rocío se confunde con la lluvia, la felicidad se viste de mí y la vida se torna simple y bella, como una nube ligera, cuando estás en mis brazos.

Al fin llego al reino anunciado, a la paz incuestionada, al estado original; de tu mano, reescribimos renglones de Paraíso, pintamos otros cielos, navegamos por el aire junto a las aves que cantan en nuestro alféizar. Un violín destila sus notas y nos envuelve como una brisa empujándonos a cantar con él.

Descalzos, caminamos sobre la hierba húmeda y el mundo parece recomenzar de nuevo, esperando nuestras bocas para recibir nombres inestrenados. Salimos a la caza de aventuras, voy de tu mano, confío. Eres la pureza.

Aquarela - Toquinho

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul

Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar

Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)

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